Esse trabalho foi feito pelos os alunos do 4º ano:
Carolina Scatolini
Rackel Pedroso
Tarsila Giareta
Aline Anaya
Karina Ponzetto
Gabriel Maia
Roseclar Gehardt
Riane Albahari
Almir Nascimento
Durante o semestre reunimos informações sobre Brasília e seus 50 anos.
Resolvemos então divulgar nosso material na internet nesse Blog.
Nossas informações foram encontradas em inúmeros lugares:
Lugares consegir materiais e fazer pesquisas:
- IPHAN
- Docomomo Brasilia
- Revistas AU, especias ou reportagens normais.
- Sérgio Parada
- Histórias pessoais
- Vitruvius
- Arco Web
- Outros blogs como mesmo tema
- Resumos e resenhas sobres as palestras que aconteceram na facul
- Videos
- Fotos encontradas ou de acervo pessoal
- Repostagens sobre os 50 anos de Brasilia em revistas e jornais não especializados em arquitetura
- Livros sobre brasilia de arquitetura ou não
- Site da UNB e FAUUNB
- Eventos sobre brasilia ( seminarios cursos palestras)
- Histórias de brasilia desde 1960 ou antes
- Outras revistas de arquitetura e urbanismo
- Revistas e livros sobre Niemeyer ou escritas por ele
- Reportagens livros e revistas sobre Lúcio Costa
- Informações sobre o concurso de brasilia incluindo o projeto de lucio costa que ganhou e informações sobre os outros
- Politica x brasilia
- Material sobre obras e monumentos
- sites da internet
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Lançamento livro "De Plano Piloto a Metrópole: a mancha urbana de Brasília"
Livro originado da tese de doutorado de Jusselma Duarte de Brito, orientada por Sylvia Ficher
A obra realiza a investigação acerca de fatores que concorreram para que Brasília alcançasse sua configuração atual, apoiando-se em base documental referente à infraestrutura urbana implantada no território
O livro De Plano Piloto a Metrópole: a mancha urbana de Brasília tem origem em tese de doutorado de Jusselma Duarte de Brito, orientada por Sylvia Ficher e defendida em abril de 2009 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB). É um dos títulos da Coleção Brasília Histórica 50 anos, organizada pela FAU/UnB para comemorar o cinquentenário da nova Capital Federal, e está sendo publicado com o apoio do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sindsucon-DF). O lançamento será no dia 5 de maio, 20 h, na sede do Sinduscon: SIA trecho 2, lote 1.125, cobertura, Brasília – DF.
Trata-se de investigação acerca de fatores que concorreram para que Brasília, do ponto de vista global da aglomeração, alcançasse a configuração atual. Apóia-se em base documental referente à infraestrutura urbana implantada no território e, por meio de uma análise cronológica dessas obras e do estudo de suas localizações de fato, esboça um panorama desse processo desde o ano de 1955, quando se intensificaram as intervenções no local destinado à nova sede da Capital, até os dias atuais.
O desenho analítico proposto na pesquisa revela uma modelagem de ocupação territorial orientada por princípios do modernismo em sua face utópica, ponto de partida para implantação de núcleos isolados do centro urbano, que esteve na origem de entendimentos que naturalizaram tratamento diferenciado dispensado ao Plano Piloto de Brasília. De uma perspectiva morfológica, demonstra como a estruturação da mancha urbana de Brasília segue orientada por traçados, em alguns casos muito antigos, e por pontos fixos estabelecidos com a implantação de infraestrutura urbana. Tal revisão expõe ainda facetas extremamente negociadas, não facilmente reveladas diante de um cenário de expansão acelerada, ajudando a reconhecer a produção social da cidade.
Instituto Moreira Salles abre grande exposição em comemoração aos 50 anos de Brasília
A mostra "As construções de Brasília" no Rio de Janeiro reúne acervo do IMS e obras de artistas modernos e contemporâneos
A partir de fotografias de Marcel Gautherot, Thomaz Farkas e Peter Scheier, do acervo IMS, que estão entre os mais importantes testemunhos visuais sobre a construção e a inauguração da nova capital federal, a exposição busca refletir sobre diferentes interpretações da imagem de Brasília. O objetivo da exposição é discutir as formas de representar a capital, levando-se em conta sua carga simbólica e o fato de a cidade ter se tornado um dos principais ícones nacionais, sobretudo por meio de sua arquitetura monumental.
A mostra, que ocupa todos os espaços expositivos do IMS-RJ, é dividida em dois núcleos. No primeiro, são apresentadas imagens dos três fotógrafos mencionados junto a obras gráficas e audiovisuais de Mary Vieira, Aloísio Magalhães e Eugene Feldman sobre a edificação e os primeiros anos da capital. O segundo núcleo reúne trabalhos de linguagens variadas de Waldemar Cordeiro, Cildo Meireles, Almir Mavignier, Regina Silveira, Orlando Brito, Luis Humberto, Emmanuel Nassar, Robert Polidori, Jac Leirner, Mauro Restiffe e Caio Reisewitz.
A obra dos fotógrafos do acervo IMS é apresentada sob uma perspectiva histórica, com informações sobre as circunstâncias dos registros de Brasília e os veículos de comunicação em que suas imagens foram divulgadas. O destaque desse núcleo são as fotos do francês Marcel Gautherot sobre a construção da capital, bem como imagens das principais obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer registradas no início dos anos 1960. Boa parte das obras de Gautherot vai além do registro técnico, mostrando um mundo novo, arejado e espaçoso, onde predomina a amplidão e o vazio. Da produção do alemão Peter Scheier, que esteve na cidade em 1958 e 1960, a exposição privilegia imagens do dia a dia dos primeiros habitantes de Brasília: cenas do Núcleo Bandeirante, de pedestres nas áreas comerciais das superquadras, de crianças indo para a escola. Mostra também fotografias de arquitetura de sua autoria que, diferente das de Gautherot, registram paisagens urbanas recortadas por vidraças e venezianas, conferindo uma aparência multifacetada para a capital. Thomaz Farkas fotografou também o Núcleo Bandeirante e as primeiras favelas em torno do Plano Piloto. Fez ainda um retrato épico do dia da inauguração, mostrando o presidente Juscelino Kubitschek sendo aclamado pela população.
Os trabalhos de Mary Vieira, Eugene Feldman e Aloísio Magalhães reunidos nessa primeira parte da mostra revelam a construção simbólica da imagem de Brasília como ícone nacional. De Mary Vieira, é mostrado o cartaz e o livro de artista brasilien baut brasilia, realizados em 1957 e 1959, respectivamente, que se referem à participação do Brasil na exposição Interbau, em Berlim, em 1957. A exposição preparada por Mary Vieira apresentou pela primeira vez os projetos da nova capital do Brasil a um público europeu. De Aloísio Magalhães e Eugene Feldman, é mostrado o álbum Doorway to Brasília (1959), no qual os monumentos da cidade ganham uma feição pop. Também são apresentadas nesse núcleo cenas em 16 mm do canteiro de obras feitas pelo artista gráfico norte-americano Eugene Feldman, em 1959. As imagens coloridas, que enfocam, sobretudo, a figura do candango, estabelecem um interessante contraponto às fotografias de Gautherot, nas quais o destaque são as formas arquitetônicas.
Os trabalhos reunidos no segundo núcleo da exposição As construções de Brasília não buscam traduzir diretamente a capital e seus espaços, mas partem principalmente de um dado cultural, que é o status da cidade como emblema da identidade nacional. De representação do país do futuro, a capital passa a ser vista como palco de crises econômicas e políticas. Sob certos ângulos, ela perde sua dimensão monumental, chegando a se confundir com outras cidades do país.
Waldemar Cordeiro, por exemplo, participa com a obra Liberdade (1964), uma espécie de maquete com formas fragmentadas que lembram os monumentos da praça dos Três Poderes. O trabalho composto pela colagem de objetos, imagens de jornal e textos retalhados enunciam a desarticulação da proposta desenvolvimentista da era JK. Regina Silveira e Jac Leirner integram a mostra com trabalhos feitos a partir da apropriação de fotos de Brasília de segunda geração. Silveira, com cadernos de cartões-postais da série Brazil Today (1977), que comentam o uso político, durante o período militar, de imagens idealizadas de ícones nacionais, tais como a paisagem do Rio de Janeiro, a rodovia Transamazônica e os monumentos de Brasília. De Jac Leirner, são mostradas obras da série Fase Azul realizadas nos anos 1990, cuja matéria-prima são notas de 100 cruzeiros e cruzados que circularam a partir de 1985, ilustradas com o rosto de Juscelino Kubistchek de um lado e um conjunto de monumentos da capital de outro.
O fotojornalista Luis Humberto revela uma face não idealizada e rotineira de Brasília, por meio de imagens do dia a dia dos moradores da capital durante a década de 1970. Caio Reisewitz enfoca a relação entre estética e poder por meio de fotografias do palácio do Itamaraty. Mauro Restiffe mostra a série Empossamento com fotos realizadas durante a festa de posse do presidente Lula, em 2003, nas quais não há políticos em cena. O que se vê é um ponto de vista distanciado de quem presencia a festa sem participar dela.
A curadoria da exposição é de Heloisa Espada, historiadora da arte e coordenadora da área de artes visuais do Instituto Moreira Salles. Paralelamente à abertura da mostra As construções de Brasília será lançado o catálogo homônimo com a maior parte das obras expostas e textos assinados pelo crítico Lorenzo Mammì, pela historiadora Anat Falbel, pelo coordenador de fotografia do IMS Sergio Burgi e por Heloisa Espada.
Exposição em homenagem ao idealizador de Brasília abre a programação cultural do Comitê do Patrimônio Mundial
Em evento que celebra os 50 anos da capital, a mostra: "Lucio Costa – Arquiteto", através de recursos de multimídia, permite o público viajar pela vida e obra do arquiteto e urbanista Lucio Costa
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura, participa como parceiro da exposição Lucio Costa – Arquiteto, dedicada ao criador de Brasília e que celebra os 50 anos da capital federal. Por meio de recursos de multimídia, o público poderá viajar pela vida e obra do arquiteto e urbanista Lucio Costa. A mostra será aberta nesta quinta-feira, dia 13 de maio, às 19h, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em Brasília, e poderá ser visitada, gratuitamente, até o dia 3 de agosto.
A iniciativa marca também a abertura da agenda cultural da 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco. O encontro anual sobre o tema, promovido desde 1977 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), será sediado de 25 de julho a 3 de agosto em Brasília. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, é o presidente do Comitê do Patrimônio Cultural Mundial da Unesco - órgão responsável pelo acompanhamento dos sítios históricos em todo o mundo -, cargo que ocupará até o término da 34ª reunião do colegiado.
A ideia da exposição Lucio Costa – Arquiteto é apresentar toda a trajetória profissional do arquiteto e não apenas o traço de Lucio Costa que deu origem a Brasília. A diretora do Departamento de Articulação e Fomento do Iphan, Márcia Rollemberg, revela que a mostratraz ampliações, fotos e maquetes dos projetos, inclusive os que originaram Brasília. ”Será um verdadeiro passeio pela carreira do arquiteto, com destaques para sua presença em momentos decisivos do país, como a reforma do ensino em 1930, marcada pelo projeto do edifício do Ministério da Educação no Rio de Janeiro, que hoje é o Palácio Gustavo Capanema, onde o Iphan mantém diversos setores administrativos em funcionamento”, diz. Márcia Rollemberg ressalta que o prédio continua sendo um ícone da arquitetura moderna no Brasil.
A mostra traz, ainda, a atuação do urbanista em outras áreas, como o Patrimônio Histórico, além de aspectos do seu pensamento, seja sobre arte, ciência, tecnologia ou política. Lucio Costa foi, também, um grande humanista e pensador brasileiro ao longo de todo o Século XX. Sua versatilidade poderá ser conferida na mostra, com recursos audiovisuais e de multimídia, proporcionando ao visitante a oportunidade de ver e ouvir comentários do próprio Lucio Costa sobre todo o acervo ali exposto. No mezanino do museu, reservado exclusivamente para Brasília, o público entrará em contato com o contexto em que a capital nasceu por meio dos originais do Plano Piloto apresentado no concurso e dos estudos que o precederam.
Outro ambiente da exposição mostrará o marcante e inusitado projeto de Lucio Costa para o Pavilhão da Trienal de Milão, em 1964, chamado Riposatevi (Repousem), que será reproduzido em escala 1/1 com 14 redes de dormir, nas quais os visitantes poderão relaxar. A exposição contará, ainda, com programa educativo, um seminário internacional e com o lançamento, pela PubliFolha, da 3ª edição do livro Lucio Costa – Registro de uma Vivência.
A mostra tem curadoria e projeto da Casa de Lucio Costa e produção da DOISUM Produções, patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e Brasiliatur, e apoio do Ministério da Cultura (MinC) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura, participa como parceiro da exposição Lucio Costa – Arquiteto, dedicada ao criador de Brasília e que celebra os 50 anos da capital federal. Por meio de recursos de multimídia, o público poderá viajar pela vida e obra do arquiteto e urbanista Lucio Costa. A mostra será aberta nesta quinta-feira, dia 13 de maio, às 19h, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em Brasília, e poderá ser visitada, gratuitamente, até o dia 3 de agosto.
A iniciativa marca também a abertura da agenda cultural da 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco. O encontro anual sobre o tema, promovido desde 1977 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), será sediado de 25 de julho a 3 de agosto em Brasília. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, é o presidente do Comitê do Patrimônio Cultural Mundial da Unesco - órgão responsável pelo acompanhamento dos sítios históricos em todo o mundo -, cargo que ocupará até o término da 34ª reunião do colegiado.
A ideia da exposição Lucio Costa – Arquiteto é apresentar toda a trajetória profissional do arquiteto e não apenas o traço de Lucio Costa que deu origem a Brasília. A diretora do Departamento de Articulação e Fomento do Iphan, Márcia Rollemberg, revela que a mostratraz ampliações, fotos e maquetes dos projetos, inclusive os que originaram Brasília. ”Será um verdadeiro passeio pela carreira do arquiteto, com destaques para sua presença em momentos decisivos do país, como a reforma do ensino em 1930, marcada pelo projeto do edifício do Ministério da Educação no Rio de Janeiro, que hoje é o Palácio Gustavo Capanema, onde o Iphan mantém diversos setores administrativos em funcionamento”, diz. Márcia Rollemberg ressalta que o prédio continua sendo um ícone da arquitetura moderna no Brasil.
A mostra traz, ainda, a atuação do urbanista em outras áreas, como o Patrimônio Histórico, além de aspectos do seu pensamento, seja sobre arte, ciência, tecnologia ou política. Lucio Costa foi, também, um grande humanista e pensador brasileiro ao longo de todo o Século XX. Sua versatilidade poderá ser conferida na mostra, com recursos audiovisuais e de multimídia, proporcionando ao visitante a oportunidade de ver e ouvir comentários do próprio Lucio Costa sobre todo o acervo ali exposto. No mezanino do museu, reservado exclusivamente para Brasília, o público entrará em contato com o contexto em que a capital nasceu por meio dos originais do Plano Piloto apresentado no concurso e dos estudos que o precederam.
Outro ambiente da exposição mostrará o marcante e inusitado projeto de Lucio Costa para o Pavilhão da Trienal de Milão, em 1964, chamado Riposatevi (Repousem), que será reproduzido em escala 1/1 com 14 redes de dormir, nas quais os visitantes poderão relaxar. A exposição contará, ainda, com programa educativo, um seminário internacional e com o lançamento, pela PubliFolha, da 3ª edição do livro Lucio Costa – Registro de uma Vivência.
A mostra tem curadoria e projeto da Casa de Lucio Costa e produção da DOISUM Produções, patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e Brasiliatur, e apoio do Ministério da Cultura (MinC) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
Câmara inaugura exposição “Brasília, a ideia de uma capital: a legislação e o debate parlamentar, de 1549 a 2010”
Mostra apresenta documentos, objetos, desenhos e maquetes que resgatam o processo de escolha e consolidação da capital brasileira, de Salvador a Brasília, e destacam a importância do Parlamento na discussão e na elaboração de projetos sobre o tema
A Câmara inaugura a exposição “Brasília, a ideia de uma capital: a legislação e o debate parlamentar, de 1549 a 2010”. Realizada em parceria com a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), a exposição é mais uma iniciativa da Câmara em comemoração aos 50 anos da transferência do Congresso Nacional para o Planalto Central.
As peças apresentam o processo histórico de escolha e consolidação da capital brasileira, de Salvador a Brasília, e destacam a importância do Parlamento na discussão e na elaboração de propostas sobre o tema. São documentos, objetos, desenhos, maquetes e projetos que mostram a idealização de uma nova capital para o Brasil e traçam um arco de mais de 450 anos até a sede do País ser transferida da costa para o interior. De acordo com a curadoria da exposição, o Poder Legislativo teve um papel de destaque nesse processo, mas foi muitas vezes relegado ao esquecimento por parte da historiografia oficial brasileira, que elegeu o Poder Executivo como o principal responsável pelas teses de interiorização da capital do País.
A mostra se divide em três grandes núcleos. O primeiro deles abrange os tempos da Colônia e do Império. O segundo núcleo tem início com a proclamação da República e segue até a construção de Brasília. O último é dedicado à nova capital. Entre as peças, algumas merecem destaque especial: os textos das Constituições de 1824, de 1891, de 1934, de 1946 e de 1988; as cinco plantas originais do edifício do Congresso Nacional de autoria de Oscar Niemeyer; as peças de mobília e artes decorativas do Palácio Tiradentes; e um filme mudo datado de 1926, registro da inauguração do mesmo edifício.
Outra atração é a primeira proposta parlamentar de mudança da capital, apresentada por José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1821, em documento dirigido a deputados paulistas. Segundo José Bonifácio, o Rio de Janeiro não oferecia segurança como capital, já que, no século XVIII, a cidade sofreu com invasões, saques e pilhagens constantes. Bonifácio sugeriu o nome Petrópolis ou Brasília para a nova sede. Destaque especial é dado, ainda, ao primeiro projeto de lei de transferência da capital, apresentado na Câmara em 1831, pelo deputado paraense João Cândido de Deus e Silva.
O visitante também poderá conhecer - em desenhos, maquetes, plantas e fotografias - as diferentes sedes do Poder Legislativo, nas quais se deu o debate parlamentar sobre a mudança da capital: a Cadeia Velha, a Casa do Conde de Arcos, o Palácio Boa Vista, o Palácio Monroe, a Biblioteca Nacional e o Palácio Tiradentes até a sede atual do Congresso Nacional. Com a construção de Brasília, pela primeira vez na história brasileira, o País terá uma única sede para as duas Casas Legislativas.
Curadoria
Casimiro Neto, Danilo Matoso Macedo, José Ricardo Oriá e José Theodoro Mascarenhas MenckAssista aqui ao vídeo sobre a exposição produzido pela TV Câmara
http://www2.camara.gov.br/noticias/institucional/videos/video-exposicao-brasilia-a-ideia-de-uma-capital
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Memorial do plano piloto de Brasilia feito por Lucio Costa.
http://www.guiabrasilia.com.br/historico/memorial-d.htm
Memorial do plano piloto de Brasilia feito por Lucio Costa.
Lucio Costa descreve todos os planos de funcionamento da cidade: plano administrativo; plano educacional; plano médico-hospitalar: plano de assistência social, plano de abastecimento.
¨Brasília — capital aérea e rodoviária: Cidade parque. Sonho arquisecular do Patriarca¨
Memorial do plano piloto de Brasilia feito por Lucio Costa.
Lucio Costa descreve todos os planos de funcionamento da cidade: plano administrativo; plano educacional; plano médico-hospitalar: plano de assistência social, plano de abastecimento.
¨Brasília — capital aérea e rodoviária: Cidade parque. Sonho arquisecular do Patriarca¨
Catedral de Brasília comemora 40 anos.
http://www.agecom.df.gov.br/042/04299003.asp?ttCD_CHAVE=100229
Catedral de Brasília comemora 40 anos.
A catedral é um dos simbolos da cidade e no dia 31 de maio desse ano comemorou 40 anos. Após a comemoracao dos 50 anos da cidade a Catedral teve sua primeira fase da reforma acabada e foi reaberta ao público.
A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA
A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA
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A construção de Brasília foi desenvolvida com base na elaboração do plano de metas, do presidente Juscelino Kubitschek. O plano tinha cinco objetivos: energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação; que culminaria no sexto, a construção de Brasília.
Em apenas quatro anos a cidade foi construída, com estruturas metálicas e concreto armado, em pleno deserto e foi um marco do processo da modernização e da industrialização,em 1960 deu-se a inauguração oficial da nova capital.
Um concurso nacional deu a Lúcio Costa a incumbência do plano urbanístico dessa nova cidade.
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O projeto, segundo ele: "nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz". Procurou-se uma boa orientação e melhor adaptação a topografia local, juntamente com a importância da técnica rodoviária
Os edifícios públicos foram elaborados por Oscar Niemeyer, que desenvolveu e alcançou uma relação dos edifícios com o Plano Piloto.
As fotos históricas, que retomam a construção de Brasília estão expostas numa matéria de abril de 2010, no site da Band: www.band.com.br/jornalismo/galeria.asp?ID=2899
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A construção de Brasília foi desenvolvida com base na elaboração do plano de metas, do presidente Juscelino Kubitschek. O plano tinha cinco objetivos: energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação; que culminaria no sexto, a construção de Brasília.
Em apenas quatro anos a cidade foi construída, com estruturas metálicas e concreto armado, em pleno deserto e foi um marco do processo da modernização e da industrialização,em 1960 deu-se a inauguração oficial da nova capital.
Um concurso nacional deu a Lúcio Costa a incumbência do plano urbanístico dessa nova cidade.
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O projeto, segundo ele: "nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz". Procurou-se uma boa orientação e melhor adaptação a topografia local, juntamente com a importância da técnica rodoviária
Os edifícios públicos foram elaborados por Oscar Niemeyer, que desenvolveu e alcançou uma relação dos edifícios com o Plano Piloto.
As fotos históricas, que retomam a construção de Brasília estão expostas numa matéria de abril de 2010, no site da Band: www.band.com.br/jornalismo/galeria.asp?ID=2899
O aniversário de 50 anos
O aniversário de 50 anos de Brasília foi notícia em alguns dos principais jornais do mundo.
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/04/repercussao-do-aniversario-de-brasilia.html
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/04/repercussao-do-aniversario-de-brasilia.html
50 Anos de Brasília
Vídeos do Jornal Hoje com matéria sobre os 50 Anos de Brasília
http://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/21-de-abril-aniversario-de-brasilia/124421/#busca=aniversario%20de%20brasilia
http://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/21-de-abril-aniversario-de-brasilia/124421/#busca=aniversario%20de%20brasilia
Nos 50 anos de Brasília, pioneiros relembram construção da cidade
Ex-doméstica conta sobre o dia em que serviu café ao ‘doutor Jorcelino’.
‘O que hoje é o Eixo Rodoviário tinha um monte de boi’, recorda engenheiro.
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/04/nos-50-anos-de-brasilia-pioneiros-relembram-construcao-da-cidade.html
‘O que hoje é o Eixo Rodoviário tinha um monte de boi’, recorda engenheiro.
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/04/nos-50-anos-de-brasilia-pioneiros-relembram-construcao-da-cidade.html
Coca-cola desenvolve uma lata comemorativa aos 50 anos de Brasilia.
http://www.mundodomarketing.com.br/5,13759,coca-cola-celebra-50-anos-de-brasilia.htm
terça-feira, 15 de junho de 2010
Viramundo
MÚSICA Viramundo, de Gilberto Gil e Capinam INTÉRPRETE Maria Bethânia.
Brasília, Contradições de uma Cidade Nova
Imagens de Brasília em seu sexto ano e entrevistas com diferentes categorias de habitantes da capital. Uma pergunta estrutura o documentário: uma cidade inteiramente planejada, criada em nome do desenvolvimento nacional e da democratização da sociedade, poderia reproduzir as desigualdades e a opressão existentes em outras regiões do país?
Seis anos após sua inauguração, a população de Brasília estava maior do que a esperada, sendo a maioria operária que foi despejada para a periferia no término de sua construção.
Esses trabalhadores, vindos principalmente do nordeste, não pretendiam ficar mais em Brasília, a cidade das super quadras.
Essa cidade planejada não oferecia o que tanto almejavam, ficaram desempregados e sem nada. Não houve integração social como foi prometido.
Brasília revela contradições econômicas, políticas e culturais.
Para o diretor Joaquim de Andrade, os problemas existentes em toda a cidade brasileira ficam muito mais claros e muito mais descarados em Brasília.
O lugar de oportunidades vira um lugar de oportunistas e fora do alcance da massa.
“Ninguém sabe o que será do futuro”.
Realmente, vale à pena assistir!
http://www.youtube.com/watch?v=JUGi_5LgquU
Brasília, Contradições de uma Cidade Nova
Imagens de Brasília em seu sexto ano e entrevistas com diferentes categorias de habitantes da capital. Uma pergunta estrutura o documentário: uma cidade inteiramente planejada, criada em nome do desenvolvimento nacional e da democratização da sociedade, poderia reproduzir as desigualdades e a opressão existentes em outras regiões do país?
Seis anos após sua inauguração, a população de Brasília estava maior do que a esperada, sendo a maioria operária que foi despejada para a periferia no término de sua construção.
Esses trabalhadores, vindos principalmente do nordeste, não pretendiam ficar mais em Brasília, a cidade das super quadras.
Essa cidade planejada não oferecia o que tanto almejavam, ficaram desempregados e sem nada. Não houve integração social como foi prometido.
Brasília revela contradições econômicas, políticas e culturais.
Para o diretor Joaquim de Andrade, os problemas existentes em toda a cidade brasileira ficam muito mais claros e muito mais descarados em Brasília.
O lugar de oportunidades vira um lugar de oportunistas e fora do alcance da massa.
“Ninguém sabe o que será do futuro”.
Realmente, vale à pena assistir!
http://www.youtube.com/watch?v=JUGi_5LgquU
A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA
A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA
A construção de Brasília foi desenvolvida com base na elaboração do plano de metas, do presidente Juscelino Kubitschek. O plano tinha cinco objetivos: energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação; que culminaria no sexto, a construção de Brasília.
Em apenas quatro anos a cidade foi construída, com estruturas metálicas e concreto armado, em pleno deserto e foi um marco do processo da modernização e da industrialização,em 1960 deu-se a inauguração oficial da nova capital.
Um concurso nacional deu a Lúcio Costa a incumbência do plano urbanístico dessa nova cidade.
O projeto, segundo ele: "nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz". Procurou-se uma boa orientação e melhor adaptação a topografia local, juntamente com a importância da técnica rodoviária
Os edifícios públicos foram elaborados por Oscar Niemeyer, que desenvolveu e alcançou uma relação dos edifícios com o Plano Piloto.
As fotos históricas, que retomam a construção de Brasília estão expostas numa matéria de abril de 2010, no site da Band: www.band.com.br/jornalismo/galeria.asp?ID=2899
A construção de Brasília foi desenvolvida com base na elaboração do plano de metas, do presidente Juscelino Kubitschek. O plano tinha cinco objetivos: energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação; que culminaria no sexto, a construção de Brasília.
Em apenas quatro anos a cidade foi construída, com estruturas metálicas e concreto armado, em pleno deserto e foi um marco do processo da modernização e da industrialização,em 1960 deu-se a inauguração oficial da nova capital.
Um concurso nacional deu a Lúcio Costa a incumbência do plano urbanístico dessa nova cidade.
O projeto, segundo ele: "nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz". Procurou-se uma boa orientação e melhor adaptação a topografia local, juntamente com a importância da técnica rodoviária
Os edifícios públicos foram elaborados por Oscar Niemeyer, que desenvolveu e alcançou uma relação dos edifícios com o Plano Piloto.
As fotos históricas, que retomam a construção de Brasília estão expostas numa matéria de abril de 2010, no site da Band: www.band.com.br/jornalismo/galeria.asp?ID=2899
sábado, 12 de junho de 2010
A capital do nosso país, Brasília é uma cidade construída com idéias modernistas, tornando-se assim um marco para arquitetura mundial. Sua inauguração foi no dia 21 de Abril de 1960. A idéia de mudar a capital e construir uma nova cidade já estáva sendo cogitada. Com isso, Lucio Costa organizou o plano urbanístico e para essa grande composição Oscar Niemeyer projetou monumentos marcantes para a cidade, tentando colocar nesses projetos a integração entre arte e arquitetura. Em 2010 Brasília completa 50 anos, podemos dizer que é uma cidade diferente das outras do mundo e é uma das mais belas e mais modernas cidade do nosso país.
Revista Projeto
Está é a capa da revista Projeto de Abril de 2010, que é especial de comemoração dos 50 anos de Brasília. Esta edição trás uma seleção de 50 projetos importantes construído ao longo dessas 5 décadas. Oscar Niemeyer é o profissional com mais projetos destacados sendo 15 somente dele. A revista trás varias ilustrações e depoimentos com os principais prédios da cidade como o Congresso Nacional e a Catedral de Niemeyer. A edição da revista Projeto está muito interessante e faz uma homenagem aos habitantes da capital e seus construtores.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Um arquiteto na Brasília de hoje
Um arquiteto na Brasília de hoje, por Paulo Henrique Paranhos
Brasília se impõe, desde sempre, como símbolo inequívoco de um projeto maior, uma proposta de nação. O olhar fixo em um futuro melhor tornou-se naquele momento inicial o ponto de encontro entre os que, desde sua concepção, acreditaram.
Era junho de 1964, início dos tempos sombrios da ditadura, eu ainda criança visitava pela primeira vez a capital. Acreditávamos, já naquele momento, que o marco concreto, os novos eixos traçados na realidade construída, tinham um grande significado e evidenciavam a conquista de novas perspectivas para o País.
Os soldados e as armas tinham recém-invadido as ruas e avenidas da capital. Mas, ainda assim, havia o encantamento por aquela cidade. Aquele gesto civilizatório edificado se reafirmava como expressão viva de um avanço cultural cada vez mais forte. Diante desse cenário, com olhares orgulhosos de humildes cidadãos brasileiros, fizemos uma foto em frente ao Congresso Nacional.
O otimismo e a necessidade de vencer no dia a dia se impunham e sempre acreditávamos que a agressão militar não iria perdurar por muito tempo. Que eram indesejados hóspedes transitórios.
Em fevereiro de 1970 viemos de forma definitiva. O desconforto do migrante é inesquecível, por todos aqueles que ficam distantes. Entretanto, em meio a momentos de muita saudade e tristeza, jamais faltou paixão pela cidade que descobríamos a cada momento.
O "time da quadra", os grupos de jovens, a maneira livre e solta que vivíamos as superquadras, as muitas transformações das diversas áreas ainda por construir davam-nos um enorme prazer em ver o cerrado se transformar em Capital Federal. A Esplanada dos Ministérios toda ocupada à espera do Papa, o grande ato de solidariedade no cortejo de JK e outros momentos inesquecíveis eram sempre enriquecidos pela paisagem de sua inconfundível e admirada arquitetura.
A constante visita de parentes e amigos, os diversos turistas a elogiar a cidade, sempre foram motivos de orgulho a alimentar nossa crença nesse projeto maior.
Num momento posterior, o vínculo criado e o nosso amadurecimento junto à cidade que se fazia, cada vez mais viva, nos permitiram conquistar o que há de mais importante: a sensação de apropriação, domínio e pertencimento. Éramos verdadeiros brasilienses.
Ainda avizinhados pelos fantasmas de um poder militar que muitas vezes queria controlar até nossa rotina diária, acreditávamos sempre que vivíamos uma situação política transitória. Era tempo de resistência e luta.
Lamentavelmente, mas talvez pela atração dos opostos, uma cidade com tantas riquezas e virtudes atrai hóspedes indesejados até o dia de hoje.
Não somos maniqueístas, mas não é fácil conviver com os medíocres de plantão; com interesses individualistas que não trazem nenhuma contribuição ao verdadeiro crescimento e à riqueza da cidade e de nosso País.
Aprendemos, em nosso cotidiano, a viver esse caldeirão cultural que reafirma a riqueza dos diversos Brasis somada a uma realidade política heterogênea, representativa das regiões brasileiras. As virtudes e as contradições dessa sede do poder transbordam em nosso cotidiano de forma muito cristalina. Coabitamos com muita proximidade uma realidade típica da capital da República.
Talvez esse seja, sim, o grande mérito, nosso maior desafio: participar desse indesejado convívio para conseguirmos de fato avançarmos em nossas conquistas, perpetuar valores e construir, quem sabe, a tão desejada sociedade mais honesta, justa e humana.
Viver em Brasília ainda hoje, e como arquiteto, é uma experiência intensa que não deve estar em nenhum momento dissociada do seu contexto inicial. Participar ativamente da construção de uma cidade, capital do País, concebida dentro do amplo e gigantesco projeto a que se propôs.
Talvez esse continue sendo nosso maior orgulho e nossa principal herança, deixada pelos grandes mestres: o compromisso indissociável entre o fazer arquitetônico e o pensar o projeto de um Brasil melhor, como tantas vezes já mencionado, mas nem sempre assimilado.
Aliás, a herança é grande e culturalmente ampla se considerarmos que, à luz de um sonho que se tornou realidade, temos intrinsecamente à nossa disposição uma proposta de modernidade, um vocabulário, a luz, o verde, a amplitude com o horizonte que se vislumbra livre na imensidão desse planalto. Uma ampla e real perspectiva de uma nova paisagem.
Seria apenas poético se não fosse realidade, assim como seria apenas teórico se não vivêssemos em nosso dia a dia, detalhe a detalhe, o interessante desenho dessa cidade.
O ensinamento em ver como se dá a relação entre o espaço público e o privado, a articulação das diversas escalas, a proposta do edifício e a cidade como um verdadeiro "continuum" a ser conquistado, faz com que nosso passeio arquitetural nos permita, no dia a dia, redesenhar também nossas leituras e percepções.
À boa herança sempre cabe respeito e reverência, mas com coragem lançamos, de forma humilde e cautelosa, nossos projetos, ensaios e contribuições que poderão um dia ser avaliados, e quem sabe considerados, pelas novas gerações.
Paulo Henrique Paranhos é arquiteto formado pela Universidade de Brasília e mora há 30 anos na capital. Na foto, é a segunda criança, da direita para a esquerda.
Brasília se impõe, desde sempre, como símbolo inequívoco de um projeto maior, uma proposta de nação. O olhar fixo em um futuro melhor tornou-se naquele momento inicial o ponto de encontro entre os que, desde sua concepção, acreditaram.
Era junho de 1964, início dos tempos sombrios da ditadura, eu ainda criança visitava pela primeira vez a capital. Acreditávamos, já naquele momento, que o marco concreto, os novos eixos traçados na realidade construída, tinham um grande significado e evidenciavam a conquista de novas perspectivas para o País.
Os soldados e as armas tinham recém-invadido as ruas e avenidas da capital. Mas, ainda assim, havia o encantamento por aquela cidade. Aquele gesto civilizatório edificado se reafirmava como expressão viva de um avanço cultural cada vez mais forte. Diante desse cenário, com olhares orgulhosos de humildes cidadãos brasileiros, fizemos uma foto em frente ao Congresso Nacional.
O otimismo e a necessidade de vencer no dia a dia se impunham e sempre acreditávamos que a agressão militar não iria perdurar por muito tempo. Que eram indesejados hóspedes transitórios.
Em fevereiro de 1970 viemos de forma definitiva. O desconforto do migrante é inesquecível, por todos aqueles que ficam distantes. Entretanto, em meio a momentos de muita saudade e tristeza, jamais faltou paixão pela cidade que descobríamos a cada momento.
O "time da quadra", os grupos de jovens, a maneira livre e solta que vivíamos as superquadras, as muitas transformações das diversas áreas ainda por construir davam-nos um enorme prazer em ver o cerrado se transformar em Capital Federal. A Esplanada dos Ministérios toda ocupada à espera do Papa, o grande ato de solidariedade no cortejo de JK e outros momentos inesquecíveis eram sempre enriquecidos pela paisagem de sua inconfundível e admirada arquitetura.
A constante visita de parentes e amigos, os diversos turistas a elogiar a cidade, sempre foram motivos de orgulho a alimentar nossa crença nesse projeto maior.
Num momento posterior, o vínculo criado e o nosso amadurecimento junto à cidade que se fazia, cada vez mais viva, nos permitiram conquistar o que há de mais importante: a sensação de apropriação, domínio e pertencimento. Éramos verdadeiros brasilienses.
Ainda avizinhados pelos fantasmas de um poder militar que muitas vezes queria controlar até nossa rotina diária, acreditávamos sempre que vivíamos uma situação política transitória. Era tempo de resistência e luta.
Lamentavelmente, mas talvez pela atração dos opostos, uma cidade com tantas riquezas e virtudes atrai hóspedes indesejados até o dia de hoje.
Não somos maniqueístas, mas não é fácil conviver com os medíocres de plantão; com interesses individualistas que não trazem nenhuma contribuição ao verdadeiro crescimento e à riqueza da cidade e de nosso País.
Aprendemos, em nosso cotidiano, a viver esse caldeirão cultural que reafirma a riqueza dos diversos Brasis somada a uma realidade política heterogênea, representativa das regiões brasileiras. As virtudes e as contradições dessa sede do poder transbordam em nosso cotidiano de forma muito cristalina. Coabitamos com muita proximidade uma realidade típica da capital da República.
Talvez esse seja, sim, o grande mérito, nosso maior desafio: participar desse indesejado convívio para conseguirmos de fato avançarmos em nossas conquistas, perpetuar valores e construir, quem sabe, a tão desejada sociedade mais honesta, justa e humana.
Viver em Brasília ainda hoje, e como arquiteto, é uma experiência intensa que não deve estar em nenhum momento dissociada do seu contexto inicial. Participar ativamente da construção de uma cidade, capital do País, concebida dentro do amplo e gigantesco projeto a que se propôs.
Talvez esse continue sendo nosso maior orgulho e nossa principal herança, deixada pelos grandes mestres: o compromisso indissociável entre o fazer arquitetônico e o pensar o projeto de um Brasil melhor, como tantas vezes já mencionado, mas nem sempre assimilado.
Aliás, a herança é grande e culturalmente ampla se considerarmos que, à luz de um sonho que se tornou realidade, temos intrinsecamente à nossa disposição uma proposta de modernidade, um vocabulário, a luz, o verde, a amplitude com o horizonte que se vislumbra livre na imensidão desse planalto. Uma ampla e real perspectiva de uma nova paisagem.
Seria apenas poético se não fosse realidade, assim como seria apenas teórico se não vivêssemos em nosso dia a dia, detalhe a detalhe, o interessante desenho dessa cidade.
O ensinamento em ver como se dá a relação entre o espaço público e o privado, a articulação das diversas escalas, a proposta do edifício e a cidade como um verdadeiro "continuum" a ser conquistado, faz com que nosso passeio arquitetural nos permita, no dia a dia, redesenhar também nossas leituras e percepções.
À boa herança sempre cabe respeito e reverência, mas com coragem lançamos, de forma humilde e cautelosa, nossos projetos, ensaios e contribuições que poderão um dia ser avaliados, e quem sabe considerados, pelas novas gerações.
Paulo Henrique Paranhos é arquiteto formado pela Universidade de Brasília e mora há 30 anos na capital. Na foto, é a segunda criança, da direita para a esquerda.
Brasília tem de continuar tombada?
Brasília tem de continuar tombada?
A capital federal foi tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade no dia 7 de dezembro de 1987, pela Unesco. Em 2009, o assunto virou polêmica quando Oscar Niemeyer projetou a Praça da Soberania, com um grande obelisco, entre a Rodoviária e a Praça dos Três Poderes. Defensores da cidade tombada afirmavam que o projeto era uma infâmia, porque impediria a visão plena da Esplanada dos Ministérios e do Congresso Nacional. Já Niemeyer dizia que mudar é uma característica inerente das cidades. A praça não foi construída. Afinal, cidades têm de ser tombadas? Quais as consequências do tombamento para o dia a dia de Brasília?
Elcio Gomes, arquiteto e urbanista, membro do Docomomo-BSB
Cidades que possuam aspectos urbanísticos peculiares, planejados e executados, dos quais dependam para a manutenção do legado histórico e cultural local, devem ser objetos de registro no livro do tombo histórico. Esse é o caso do conjunto urbanístico de Brasília. A principal consequência disso tem sido o desafio contínuo de conciliar crescimento e adequações e, nesse cenário, os conflitos são inevitáveis. Merecem destaque os debates promovidos por arquitetos e urbanistas, pelos órgãos fiscalizadores e de planejamento e, principalmente, pela população, que identifica na ação de tombamento um meio de preservar a história da cidade.
Alfredo Gastal, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-DF)
O tombamento da cidade protege a concepção urbanística de Lucio Costa e não engessa o Distrito Federal, concebido para abrigar a administração pública do Estado. Não se pretendeu, em nenhum momento, que ela se transformasse numa metrópole regional. O que houve desde 1960 foi um adensamento esparso, incongruente e irracional, com cidades satélites, principalmente entre 1964 e 1984. O problema é a ausência de racionalidade na ocupação do espaço. Além disso, esse tombamento é volumétrico - um prédio pode ser demolido e outro construído no mesmo lugar, desde que ocupe o mesmo volume do antigo. Só não podem ser alterados os prédios que foram tombados individualmente. As áreas verdes, por outro lado, não podem ser destinadas à construção civil. Cabe-nos questionar a quem, portanto, interessaria revogar o tombamento. O projeto da Praça da Soberania, por exemplo, não pôde ser aprovado porque ocuparia a área do canteiro central do Eixo Monumental na Esplanada dos Ministérios, que é não edificante; interferiria na Rodoviária e faria um contraponto dissonante com a Torre de Televisão. O obelisco proposto cobriria, por fim, a vista para o edifício do Congresso Nacional. Será que somos mesmo tão ricos em arte ou arquitetura para dispensar um Patrimônio da Humanidade? Teremos sempre que nos submeter aos interesses do mercado imobiliário, da ganância dos políticos e das ideias comezinhas? Acredito ser obrigação e privilégio de todo brasileiro preservar a cidade concebida para ser a capital da nossa República.
Regina Meyer, professora do Laboratório de Urbanismo da Metrópole da FAUUSP
Uma cidade é uma realidade socialmente viva e assim deve permanecer ao longo de sua história. Penso que a mudança, como o diz o próprio Niemeyer, é mesmo uma característica inerente às cidades. Viver em um espaço sem possibilidade de modificá-lo é uma redução drástica do sentido da vida urbana. Em princípio, o tombamento pode tornar-se ato de restrição, indevido em relação às ações que poderiam realizar seus habitantes, tanto no presente quanto no futuro. As mudanças urbanas são instrumentos de ação social e revelam a capacidade cultural e técnica da população que ali vive. Tombado o espaço urbano onde transcorre a vida cotidiana, os moradores de Brasília estarão destinados a realizar apenas ações menores, ou desprovidas de conteúdo social. A contradição acerca de Brasília é, contudo, de outro tipo, já que visou à preservação de uma ideia, de um conceito. Visto como "metassíntese" da modernização do País, o Distrito Federal representa um momento importante da cultura brasileira. E, por isso, é fundamental preservá-lo como experiência cultural. Por outro lado, a capital não pode imobilizar-se em um estágio que traduz apenas um momento do ideário urbanístico estabelecido há 50 anos. E como uma cidade não pode ficar restrita aos desígnios de sua origem, Brasília tem um longo caminho a percorrer. É necessário que esse futuro seja planejado, para que permaneça livre de arbitrariedades, mas também de imposições restritivas.
Andrey Rosenthal Schlee, arquiteto, urbanista e diretor da FAU/UnB
O antropólogo James Holston manifestou-se contra o tombamento, argumentando que o importante seria preservar o "espírito de invenção" de Brasília. Mas ele sempre teve dificuldade em compreender a cidade e seus postulados - talvez porque nunca tenha percebido que o Plano Piloto tem genes fortíssimos. A invenção de Lucio Costa não está fundada em um modelo, mas dialoga com uma série de paradigmas urbanos e arquitetônicos produzidos ao longo dos tempos e vigentes na primeira metade do século 20. As características fundamentais da cidade planejada estão vivas, e não congeladas, como querem dizer alguns, e continuarão presentes, marcando a sua longa duração. Por que achar que tombamento é a mesma coisa que congelamento? Brasília é uma capital única. Deve ser preservada como testemunho não só do urbanismo de uma época, mas também do que fomos capazes de realizar. Falo, é claro, da cruz imaginada por Lucio Costa, logo riscada no chão do Planalto Central para ser, por fim, transformada em avião, por milhares de candangos empobrecidos, todos sonhadores... Falo da arquitetura de Niemeyer. Brasília é uma realidade bela, racional e concreta, sempre em contraste com os milhões de sonhos daqueles que nela não podem viver. Uma cidade que não desabrochou como flor, mas que foi pensada como um cristal, a partir de uma concepção plástica e ideal. Temos que encarar a cidade de frente, estudá-la, conhecê-la melhor. Temos que ter a coragem de propor e projetar as transformações que ainda se fazem necessárias. Agindo assim, só estaremos valorizando a cidade Patrimônio da Humanidade.
Maria Elisa Costa, arquiteta, ex-presidente do Iphan e filha de Lucio Costa
Por que é tão difícil aceitar que a existência de Brasília é um caso ímpar - não um entre outros -, e que se trata de uma realização extraordinária da nação brasileira? Por que não aceitar que preservar a área tombada significa guardar para as gerações futuras o testemunho palpável desse momento excepcional da nossa história? Esse assunto, a meu ver, só deve ser discutido nesse nível, e não alimentando polêmicas e discussões menores, que só servem para estimular uma atitude tola e medíocre. A área urbana do Distrito Federal é suficientemente grande para ser desenvolvida como qualquer outra cidade brasileira. E na área tombada, o que se preserva é o conceito da cidade, expresso pelo que Lucio Costa chama de escalas urbanas. É preciso se informar melhor a respeito disso.
A capital federal foi tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade no dia 7 de dezembro de 1987, pela Unesco. Em 2009, o assunto virou polêmica quando Oscar Niemeyer projetou a Praça da Soberania, com um grande obelisco, entre a Rodoviária e a Praça dos Três Poderes. Defensores da cidade tombada afirmavam que o projeto era uma infâmia, porque impediria a visão plena da Esplanada dos Ministérios e do Congresso Nacional. Já Niemeyer dizia que mudar é uma característica inerente das cidades. A praça não foi construída. Afinal, cidades têm de ser tombadas? Quais as consequências do tombamento para o dia a dia de Brasília?
Elcio Gomes, arquiteto e urbanista, membro do Docomomo-BSB
Cidades que possuam aspectos urbanísticos peculiares, planejados e executados, dos quais dependam para a manutenção do legado histórico e cultural local, devem ser objetos de registro no livro do tombo histórico. Esse é o caso do conjunto urbanístico de Brasília. A principal consequência disso tem sido o desafio contínuo de conciliar crescimento e adequações e, nesse cenário, os conflitos são inevitáveis. Merecem destaque os debates promovidos por arquitetos e urbanistas, pelos órgãos fiscalizadores e de planejamento e, principalmente, pela população, que identifica na ação de tombamento um meio de preservar a história da cidade.
Alfredo Gastal, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-DF)
O tombamento da cidade protege a concepção urbanística de Lucio Costa e não engessa o Distrito Federal, concebido para abrigar a administração pública do Estado. Não se pretendeu, em nenhum momento, que ela se transformasse numa metrópole regional. O que houve desde 1960 foi um adensamento esparso, incongruente e irracional, com cidades satélites, principalmente entre 1964 e 1984. O problema é a ausência de racionalidade na ocupação do espaço. Além disso, esse tombamento é volumétrico - um prédio pode ser demolido e outro construído no mesmo lugar, desde que ocupe o mesmo volume do antigo. Só não podem ser alterados os prédios que foram tombados individualmente. As áreas verdes, por outro lado, não podem ser destinadas à construção civil. Cabe-nos questionar a quem, portanto, interessaria revogar o tombamento. O projeto da Praça da Soberania, por exemplo, não pôde ser aprovado porque ocuparia a área do canteiro central do Eixo Monumental na Esplanada dos Ministérios, que é não edificante; interferiria na Rodoviária e faria um contraponto dissonante com a Torre de Televisão. O obelisco proposto cobriria, por fim, a vista para o edifício do Congresso Nacional. Será que somos mesmo tão ricos em arte ou arquitetura para dispensar um Patrimônio da Humanidade? Teremos sempre que nos submeter aos interesses do mercado imobiliário, da ganância dos políticos e das ideias comezinhas? Acredito ser obrigação e privilégio de todo brasileiro preservar a cidade concebida para ser a capital da nossa República.
Regina Meyer, professora do Laboratório de Urbanismo da Metrópole da FAUUSP
Uma cidade é uma realidade socialmente viva e assim deve permanecer ao longo de sua história. Penso que a mudança, como o diz o próprio Niemeyer, é mesmo uma característica inerente às cidades. Viver em um espaço sem possibilidade de modificá-lo é uma redução drástica do sentido da vida urbana. Em princípio, o tombamento pode tornar-se ato de restrição, indevido em relação às ações que poderiam realizar seus habitantes, tanto no presente quanto no futuro. As mudanças urbanas são instrumentos de ação social e revelam a capacidade cultural e técnica da população que ali vive. Tombado o espaço urbano onde transcorre a vida cotidiana, os moradores de Brasília estarão destinados a realizar apenas ações menores, ou desprovidas de conteúdo social. A contradição acerca de Brasília é, contudo, de outro tipo, já que visou à preservação de uma ideia, de um conceito. Visto como "metassíntese" da modernização do País, o Distrito Federal representa um momento importante da cultura brasileira. E, por isso, é fundamental preservá-lo como experiência cultural. Por outro lado, a capital não pode imobilizar-se em um estágio que traduz apenas um momento do ideário urbanístico estabelecido há 50 anos. E como uma cidade não pode ficar restrita aos desígnios de sua origem, Brasília tem um longo caminho a percorrer. É necessário que esse futuro seja planejado, para que permaneça livre de arbitrariedades, mas também de imposições restritivas.
Andrey Rosenthal Schlee, arquiteto, urbanista e diretor da FAU/UnB
O antropólogo James Holston manifestou-se contra o tombamento, argumentando que o importante seria preservar o "espírito de invenção" de Brasília. Mas ele sempre teve dificuldade em compreender a cidade e seus postulados - talvez porque nunca tenha percebido que o Plano Piloto tem genes fortíssimos. A invenção de Lucio Costa não está fundada em um modelo, mas dialoga com uma série de paradigmas urbanos e arquitetônicos produzidos ao longo dos tempos e vigentes na primeira metade do século 20. As características fundamentais da cidade planejada estão vivas, e não congeladas, como querem dizer alguns, e continuarão presentes, marcando a sua longa duração. Por que achar que tombamento é a mesma coisa que congelamento? Brasília é uma capital única. Deve ser preservada como testemunho não só do urbanismo de uma época, mas também do que fomos capazes de realizar. Falo, é claro, da cruz imaginada por Lucio Costa, logo riscada no chão do Planalto Central para ser, por fim, transformada em avião, por milhares de candangos empobrecidos, todos sonhadores... Falo da arquitetura de Niemeyer. Brasília é uma realidade bela, racional e concreta, sempre em contraste com os milhões de sonhos daqueles que nela não podem viver. Uma cidade que não desabrochou como flor, mas que foi pensada como um cristal, a partir de uma concepção plástica e ideal. Temos que encarar a cidade de frente, estudá-la, conhecê-la melhor. Temos que ter a coragem de propor e projetar as transformações que ainda se fazem necessárias. Agindo assim, só estaremos valorizando a cidade Patrimônio da Humanidade.
Maria Elisa Costa, arquiteta, ex-presidente do Iphan e filha de Lucio Costa
Por que é tão difícil aceitar que a existência de Brasília é um caso ímpar - não um entre outros -, e que se trata de uma realização extraordinária da nação brasileira? Por que não aceitar que preservar a área tombada significa guardar para as gerações futuras o testemunho palpável desse momento excepcional da nossa história? Esse assunto, a meu ver, só deve ser discutido nesse nível, e não alimentando polêmicas e discussões menores, que só servem para estimular uma atitude tola e medíocre. A área urbana do Distrito Federal é suficientemente grande para ser desenvolvida como qualquer outra cidade brasileira. E na área tombada, o que se preserva é o conceito da cidade, expresso pelo que Lucio Costa chama de escalas urbanas. É preciso se informar melhor a respeito disso.
Depoimentos
Na trilha de Valéry: algumas cidades são mudas, outras falam e, as mais raras, cantam. Desdenhem as mudas pois limitam-se a saciar a ganância dos especuladores. Brasília fala e canta. Ao falar, fala das coisas práticas: onde trabalhar, morar, circular, se recrear. É o sentido relativo. Já o sentido geral não se exaure na satisfação das necessidades práticas, refere-se à ordem das coisas estéticas, sentido motivado pela tendência infinita de aspirar um viver melhor. Brasília canta o conviver afetivo pela beleza, para Stendhal, promessa de felicidade. Cruzando-se, os eixos apontam para o sentido geral assim enunciado por Lucio Costa: "O monumental e o doméstico entrosam-se num todo harmônico e integrado". A composição plástica separa o coletivo do individual para reuni-los como um todo, reconhece assim a identidade na diferença que é, para Holderlin, a essência da beleza.
Matheus Gorovitz, arquiteto e professor da FAUUnB
Matheus Gorovitz, arquiteto e professor da FAUUnB
Depoimentos
Brasília é uma estranha paisagem cheia de concreto branco, bloquinhos entremados de verdes, cercada por um imenso cerrado que a gente volta e meia vê ao redor de nós. Sob um céu que não há igual, visto a mil metros de altura (em qualquer ponto da cidade), Brasília é a história aberta de um Brasil que firmou sua passagem para a era moderna. É uma cidade cheia de vazios, do lado de dentro de cada um e do lado de fora de todos nós. Brasília nos ensina a ser brasileiros, com a intensa diversidade de origem de seu povo, nos mostra que o Brasil é um país que sabe ser moderno sem deixar de lado a sua forte herança colonial (as varandas do Alvorada são um exemplo disso). Não é fácil ser brasiliense, porque o Brasil ainda não nos entende, nos estranha. É muito bom ser brasiliense - Brasília nos provoca a apreender o Brasil e a entender o que aconteceu aqui há 53 anos. Como já disse um abade francês, foi "uma loucura santa".
Conceição de Freitas, jornalista do Correio Braziliense
Conceição de Freitas, jornalista do Correio Braziliense
Depoimentos
A luz em Brasília é pura magia.
Os raios de sol parecem dançar sobre as formas estruturais de seus edifícios, banhando-os na aurora, conferindo-lhes vida e incandecendo a massa bruta do concreto durante o dia, para, ao entardecer, acariciá-los com sua luz dourada.
Cláudia Estrela Porto, arquiteta e professora da UnB
Os raios de sol parecem dançar sobre as formas estruturais de seus edifícios, banhando-os na aurora, conferindo-lhes vida e incandecendo a massa bruta do concreto durante o dia, para, ao entardecer, acariciá-los com sua luz dourada.
Cláudia Estrela Porto, arquiteta e professora da UnB
Novo terminal rodoviário de Brasília terá cobertura parabolóide com telhas zipadas
14/Dezembro/2009
Novo terminal rodoviário de Brasília terá cobertura parabolóide com telhas zipadas
Projeto com formato paraboloide hiperbólico demandou clipes deslizantes e telhas zipadas para acompanhar a continuidade da estrutura
Luciana Tamaki
A cobertura de 12 mil m² da nova rodoviária de Brasília terá estrutura projetada em formato parabolóide hiperbólico (tubular): seu centro é plano, com inclinações nas pontas.
Divulgação: Isoeste
Cobertura tem caimento de até 2%
As obras da cobertura principal do Terminal de Passageiros da nova rodoviária de Brasília seguem em fase de acabamentos e arremates. Para a execução do serviço, foram utilizados clipes deslizantes e telhas zipadas, que acompanham a continuidade da estrutura e se acomodam ao formato parabolóide. A cobertura tem caimento de até 2%.
Divulgação: Isoeste
Detalhe de acabamento no Pilar
Para o sistema de coleta d'água, foram projetadas calhas duplas vedadas para impedir o derramamento de água. Um sistema de encaixe entre a estrutura e as calhas permite a regulagem do grau de sua inclinação, para que a calha acompanhe a mudança de direção da cobertura. A calha se insere à fachada e, mesmo com esta alteração na direção da coleta, a vista externa é a mesma em todo o perímetro da obra.
"Além de solucionar um problema técnico, também atendeu todo o perímetro e intermediárias, condizendo com os preceitos estéticos estabelecidos", afirma o engenheiro de projeto Luciano Simonassi, da Isoeste, empresa fornecedora das telhas empregadas na obra.
A construção do Novo Terminal Rodoviário de Brasília teve início no dia 17 de agosto de 2009, com data prevista para inauguração em fevereiro de 2010. Fica situado no Plano Piloto, num espaço de aproximadamente 61mil m² ao lado do shopping Metrô. No momento estão sendo instaladas as telhas do Terminal de Ônibus e Encomendas, de 5.700 m², e produzidos os materiais das Passarelas de Trânsito entre os terminais, de 560 m², com montagem prevista ainda para este ano.
Revista au
Brasil ganha vaga no Comitê do Patrimônio Mundial
Brasil ganha vaga no Comitê do Patrimônio Mundial
26/10/2007
Membros do Iphan foram eleitos, no último dia 25, para o comitê da Unesco
O Brasil foi eleito, nesta quinta-feira (25/10), entre os nove novos países-membros do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco. A votação ocorreu durante a 16ª Assembléia Geral, em Paris (França). Os representantes técnicos brasileiros no Comitê serão o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida; a especialista em preservação de patrimônio cultural e assessora internacional do Instituto, Thays Pessotto; e o especialista em proteção de patrimônio natural do Iphan, Carlos Fernando Delphim.
Ao todo, são 21 membros do Comitê do Patrimônio Mundial, que se reúnem anualmente para deliberar sobre as inscrições de sítios na lista de Patrimônio da Humanidade. O mandato de cada país-membro é de seis anos. Os outros países eleitos nesta Assembléia foram Austrália, Reino do Bahrein (na Arábia Saudita), China, Egito, Barbados (no Caribe), Angola, Suécia e Jordânia.
Luiz Fernando de Almeida esclarece os interesses brasileiros em participar do comitê: “Temos exemplos singulares e únicos no mundo da nossa diversidade cultural, e devemos contribuir com a nossa visão latino-americana, para a atualização constante dos conceitos de patrimônio cultural e suas formas de gestão”.
Patrimônio Mundial brasileiro
Pioneiro em preservação do patrimônio na América Latina, o Brasil possui, hoje, 17 sítios registrados na Lista de Patrimônio Mundial da Humanidade, entre eles a cidade de Brasília e o Centro Histórico de Ouro Preto/ MG. Em abril de 2007, a Unesco aceitou a inscrição do dossiê da praça São Francisco, em São Cristóvão (SE), que se encontra em processo de avaliação. Neste ano, foram concluídos outros dois dossiês, para apresentar candidatura de novos locais brasileiros: a Rota do Ouro em Paraty e sua paisagem e a Paisagem Cultural da cidade do Rio de Janeiro.
Desde 1999, o Brasil participava do comitê da Unesco apenas como observador. Mas, com um representante no Comitê, poderá atuar de forma mais efetiva neste fórum, com direito a voto e a defesa da posição brasileira em questões patrimoniais. Além de avaliar os pedidos de inscrição na lista do patrimônio mundial, o comitê discute estratégias para a proteção dos sítios reconhecidos e para minimizar o impacto da mudança climática nas regiões protegidas.
A inscrição na lista do patrimônio mundial representa o reconhecimento do valor universal e excepcional dos sítios, com objetivo de promover a sua proteção. Já o gerenciamento e manutenção dos locais inscritos são processos contínuos, que necessitam do envolvimento de comunidades locais e autoridades nacionais. Atualmente, 184 países já ratificaram a Convenção do Patrimônio Mundial da Unesco, realizada em 1972. Há um total de 851 sítios protegidos, em 141 países.
26/10/2007
Membros do Iphan foram eleitos, no último dia 25, para o comitê da Unesco
O Brasil foi eleito, nesta quinta-feira (25/10), entre os nove novos países-membros do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco. A votação ocorreu durante a 16ª Assembléia Geral, em Paris (França). Os representantes técnicos brasileiros no Comitê serão o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida; a especialista em preservação de patrimônio cultural e assessora internacional do Instituto, Thays Pessotto; e o especialista em proteção de patrimônio natural do Iphan, Carlos Fernando Delphim.
Ao todo, são 21 membros do Comitê do Patrimônio Mundial, que se reúnem anualmente para deliberar sobre as inscrições de sítios na lista de Patrimônio da Humanidade. O mandato de cada país-membro é de seis anos. Os outros países eleitos nesta Assembléia foram Austrália, Reino do Bahrein (na Arábia Saudita), China, Egito, Barbados (no Caribe), Angola, Suécia e Jordânia.
Luiz Fernando de Almeida esclarece os interesses brasileiros em participar do comitê: “Temos exemplos singulares e únicos no mundo da nossa diversidade cultural, e devemos contribuir com a nossa visão latino-americana, para a atualização constante dos conceitos de patrimônio cultural e suas formas de gestão”.
Patrimônio Mundial brasileiro
Pioneiro em preservação do patrimônio na América Latina, o Brasil possui, hoje, 17 sítios registrados na Lista de Patrimônio Mundial da Humanidade, entre eles a cidade de Brasília e o Centro Histórico de Ouro Preto/ MG. Em abril de 2007, a Unesco aceitou a inscrição do dossiê da praça São Francisco, em São Cristóvão (SE), que se encontra em processo de avaliação. Neste ano, foram concluídos outros dois dossiês, para apresentar candidatura de novos locais brasileiros: a Rota do Ouro em Paraty e sua paisagem e a Paisagem Cultural da cidade do Rio de Janeiro.
Desde 1999, o Brasil participava do comitê da Unesco apenas como observador. Mas, com um representante no Comitê, poderá atuar de forma mais efetiva neste fórum, com direito a voto e a defesa da posição brasileira em questões patrimoniais. Além de avaliar os pedidos de inscrição na lista do patrimônio mundial, o comitê discute estratégias para a proteção dos sítios reconhecidos e para minimizar o impacto da mudança climática nas regiões protegidas.
A inscrição na lista do patrimônio mundial representa o reconhecimento do valor universal e excepcional dos sítios, com objetivo de promover a sua proteção. Já o gerenciamento e manutenção dos locais inscritos são processos contínuos, que necessitam do envolvimento de comunidades locais e autoridades nacionais. Atualmente, 184 países já ratificaram a Convenção do Patrimônio Mundial da Unesco, realizada em 1972. Há um total de 851 sítios protegidos, em 141 países.
Compromisso de Brasília - 1970
Leia essa carta patrimonial na integra....
I Encontro de Governadores de Estado, Secretários Estaduais da Área Cultural, Prefeitos de Municípios Interessados e Presidentes e Representantes de Insituições Culturais, de abril de 1970.
http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=240
I Encontro de Governadores de Estado, Secretários Estaduais da Área Cultural, Prefeitos de Municípios Interessados e Presidentes e Representantes de Insituições Culturais, de abril de 1970.
http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=240
Brasília – cidade moderna, cidade eterna
Brasília – cidade moderna, cidade eterna
de Frederico de Holanda
Brasília : FAU UnB, 2010. 152p. (Coleção Brasília Histórica 50 anos, 3)
É quase unânime caracterizar Brasília como “uma cidade moderna”. Descrição pobre. Lucio Costa supera o receituário, estava “desarmado de preconceitos e tabus urbanísticos”. Além dos traços modernos, o arquiteto ousa incorporar influências milenares – terraplenos monumentais, perspectivas barrocas, cidade jardim.
Honrosas exceções à parte, os discursos sobre Brasília são míticos. Os elogiosos ignoram os problemas da Capital, os críticos inventam problemas inexistentes.
Brasília – cidade moderna, cidade eterna procura superar o maniqueísmo do “ame-a ou deixe-a”. Revela ser a Capital uma das mais peculiares cidades do planeta, nos âmbitos metropolitano e do Plano Piloto de Lucio Costa. Mostra seus grandes problemas e suas fascinantes qualidades. As qualidades são estruturais. Essas vencerão o tempo. Os problemas são circunstanciais. Quixotesco lutar por solucioná-los? Talvez. Mas vale tentar. Sempre.
Características:
Formato: 21 x 21 cm; 152 páginas; 106 ilustrações a cores; papel cuchê mate de 115 gr./m2; edição da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília; preço: R$ 39,00.
Aquira o livro fazendo o pedido pelo e-mail: brasiliaeterna@gmail.com
Especialistas em arquitetura e urbanismo fazem uma revisão dos 50 anos de Brasília
Especialistas em arquitetura e urbanismo fazem uma revisão dos 50 anos de Brasília
Guilherme Wisnik - arquiteto e crítico de arquitetua
Leonardo Finotti, fotógrafo de arquitetura, autor de ensaios sobre Brasília
Roberto Segre - professor do programa de pós-graduação em urbanismo da UFRJ
Alain de Bottom, filósofo e escritor suíço, autor de “Arquitetura da Felicidade”
Frederico de Holanda, doutor em arquitetura pela Universidade de Londres
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/especial/2010/brasilia-50-anos/2010/04/17/especialistas-em-arquitetura-e-urbanismo-fazem-uma-revisao-dos-50-anos-de-brasilia.jhtm
Guilherme Wisnik - arquiteto e crítico de arquitetua
Leonardo Finotti, fotógrafo de arquitetura, autor de ensaios sobre Brasília
Roberto Segre - professor do programa de pós-graduação em urbanismo da UFRJ
Alain de Bottom, filósofo e escritor suíço, autor de “Arquitetura da Felicidade”
Frederico de Holanda, doutor em arquitetura pela Universidade de Londres
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/especial/2010/brasilia-50-anos/2010/04/17/especialistas-em-arquitetura-e-urbanismo-fazem-uma-revisao-dos-50-anos-de-brasilia.jhtm
Este site é uma iniciativa privada, e não tem qualquer ligação com a UNESCO ou o Comité do Património Mundial.
Els Slots é um viajante global com base na Holanda. Ela tem experiência extensa de viagens independentes em mais de 65 países oficial. Seu objetivo na vida é visitar todas as Património Mundial da UNESCO.Ele da sua impressão sobre Brasilia.
http://www.worldheritagesite.org/sites/brasilia.html
Els Slots é um viajante global com base na Holanda. Ela tem experiência extensa de viagens independentes em mais de 65 países oficial. Seu objetivo na vida é visitar todas as Património Mundial da UNESCO.Ele da sua impressão sobre Brasilia.
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Cartilha de Preservação de Brasília.
Cartilha de Preservação de Brasília.
A Cartilha trata de assuntos relacionados a preservação de Brasília e fornece informações sobre o tombamento da cidade. Ela mostra desde os antecedentes da construção, passando pela explicação do plano piloto até chegar à importância da preservação do conjunto urbanístico.
Através da leitura é possível ver a importância de preservar o plano fazendo com que ele não perca sua estrutura original por motivos de aumento de população entre outros, entendendo que a cidade foi projetada em primeiro plano para ser uma cidade político administrativa.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Minha experiência em BSB
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